Hoje em dia é cada vez mais comum as marcas abraçarem a bandeira da diversidade na publicidade. Mas, não é suficiente colocar um casal LGBTQ+ na propaganda de dia dos namorados ou no dia das mães, é o que mostra uma pesquisa realizada pela INSIGHTS & DATA ANALYTICS CROMA. E o que os resultados indicam é que entre os 1.814 entrevistados, 72% não acreditam na verdade das marcas quando estão falando sobre esse tema. O que na verdade acontece é uma falta consistência da parte das empresas, porque na verdade a preocupação maior é em fazer diversas propagandas, mas sem se preocupar com os funcionários LGBTQ+ dentro das empresas.
Oldiversity® é um estudo que tem como objetivo avaliar de que forma as marcas estão lidando, ou não, com a longevidade e diversidade de orientação sexual, gênero, raça e pessoas com deficiência. Um dos dados que mais preocupa é que 47% das pessoas que foram entrevistadas não lembram de fatos ou conteúdos relevantes que foram capazes de conectar as marcas com a causas ou questões humanas. O povo brasileiro parece cada vez mais consciente, já que 53% afirmou não consumir marcas que tenham comportamentos preconceituosos, isso vale para as marcas que as crianças consomem também. Apesar do índice dos que declaram aceitar a diversidade é alto (78%), mas apenas 47% se identificam com as propagandas que abordam temas sobre a diversidade.
A falta de identificação e baixa associação de marcas com esse tema, somadas ao despreparo da sociedade em lidar com a diversidade, também ajudam para um sentimento de descrença, uma vez que 72% não acreditam na autenticidade das marcas. O mercado brasileiro não acredita muito que as marcas, tanto de roupas adultas como as infantis esteja realmente comprometido com a diversidade.
O que acreditam que seja o real problema não seja apenas as marcas e a publicidade, o erro está também nas lojas que por medo de errar acabam ficando neutras e não trazendo a diversidade para as vitrines. E para o público isso acaba prejudicando a marca, que pode até mostrar que está comprometida com a diversidade em propagandas, mas na hora de fazer, deixa a desejar.
De outra forma, as marcas que se posicionam de forma clara sobre diversidade a tendência é aumentar drasticamente os índices de consideração, preferência, frequência e recomendação dos produtos e serviços. Os brasileiros avaliam que a oferta de produtos e serviços não é adequada e, para completar, que a propaganda não representa o que realmente acontece.
Por: Gabriela Bertoline, filha de Maria José e Marcel
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