Pelo menos é isso que indica um estudo realizado pelo consagrado Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos, em parceria com a chinesa Beijing Normal University. Os pesquisadores analisaram a capacidade cognitiva, o quociente intelectual, a memória, o aprendizado e a compreensão de linguagem de 74 crianças chinesas de 4 e 5 anos durante 6 meses. A diferença entre os pitocos era a seguinte: um grupo cursava o ensino tradicional, outro era focado em leitura e o terceiro era composto por praticantes de piano.
No período, as crianças desenvolveram todas habilidades acima de maneira semelhante, com exceção da compreensão de linguagem, na qual o grupo de pequenos pianistas surpreendeu. O mandarim é um idioma tonal, em que a mesma sílaba pode ter facilmente quatro significados diferentes apenas mudando-se a entonação com que é dita. A musicalidade do piano ajudou os pequenos a distinguir os sons da linguagem falada com mais precisão.
Mas o instrumento de 88 teclas não apresenta vantagens só para os chineses. Qualquer criança que tente ou queira aprender outro idioma pode encontrar ajuda para entender os novos sons no piano, isso porque o processamento neuronal dos tons é ampliado com a prática. Um estudo anterior a esse, realizado pelas Universidades de Sarasota e do Leste de Tejas, apontou também para as aulas de música como as responsáveis por melhores resultados em matemática, línguas e ciências.
E não é para menos: ler a partitura, executar movimentos totalmente distintos - e ao mesmo tempo - com as duas mãos, ativar os pedais com os pés, manter a postura, aguçar os ouvidos… tocar piano tem algo para ensinar e muito a desenvolver em cada parte do corpo!