Na semana passada, Pantera Negra estreou nos cinemas de todo o mundo quebrando recordes de público e crítica, mas marcado pelo título mais importante: é o primeiro filme de super-herói da Marvel cujo protagonista é negro. No fim de semana de estreia, que foi prolongado nos Estados Unidos devido a um feriado, a obra atingiu um recorde de arrecadação: US$ 242,2 milhões (somente nos EUA). Fora dos Estados Unidos e do Canadá, foram mais US$ 184,6 milhões (totalizando US$ 426,8 milhões!). E isso que falta estrear nos lucrativos mercados chinês e japonês.
O filme é mais uma oportunidade (como foi Mulher-Maravilha) de debater representatividade com os pequenos. Depois de ver os heróis negros como coadjuvantes em tantos filmes - Vingadores, Homem de Ferro, Capitão América, Os Incríveis, X-Men -, as crianças negras agora têm a oportunidade de se sentirem representadas nas telonas em força total. Ao lado do Pantera, outras três super-heroínas lutam pelo lado dos mocinhos, mostrando também a força das meninas.
O filme aborda a questão de raça e segregação de uma forma sutil, mas profunda. É claro que a Marvel aproveitou a influência que possui para, através de seus filmes, conscientizar fãs ao redor do mundo quanto a estes problemas sociais. É evidente: Pantera Negra é a oportunidade ideal para conversarmos com nossos filhos sobre racismo e diversidade. Ensinar que somos todos iguais nunca foi tão importante, e o cinema (em especial os filmes de super-herói, tão queridos pelos pequenos) pode ser nosso aliado.