A presença da tecnologia no dia a dia das crianças tem levantado preocupações não apenas nos pais, mas nos governos, também. Pelo menos no Reino Unido.

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Jeremy Hunt, ministro da saúde do país europeu, publicou no jornal The Sunday Times uma carta dirigida às empresas Facebook, Instagram, Twitter e Snapchat sobre como elas vêem o impacto que o uso dessas ferramentas têm sobre menores de idade.

O ministro acusou as empresas de fazerem vista grossa para o assunto. E mais: deu o prazo de um mês para que informem sobre as medidas que tomarão para proteger os menores

Ele informou que, se for preciso, o governo pode "endurecer as leis" que regem as empresas digitais. Segundo ele, é possível que os usuários omitam a informação sobre idade - e, assim, consigam obter acesso aos conteúdos permitidos apenas para maiores de 13 anos. 

"Me preocupa que suas empresas pareçam satisfeitas com uma situação na qual milhares de usuários descumprem seus próprios termos e condições quanto à idade mínima de acesso", escreveu o ministro.

Hunt qualificou de "moralmente incorreto" e "profundamente injusto para os pais", que têm de enfrentar a desagradável escolha de permitir que as crianças utilizem "plataformas às quais são muitos jovens para acessar" ou "excluí-las da interação social que frequentemente estão tendo a maioria de seus companheiros".

O ministro também fez um apelo.

"Estou preocupado com meus filhos, de 3, 6 e 7 anos, porque a excessiva dependência das redes sociais está sendo normalizada", lamentou o político, que pediu que as autoridades revisem o impacto destas tecnologias na saúde mental dos jovens.

O debate ocorre após o escândalo que envolveu o Facebook, ao ser revelada a filtragem de dados de milhões de usuários da rede social.