Colocar-se no lugar do outro, sentir compaixão, se afeiçoar e se preocupar com o próximo vão fazer parte do currículo escolar nas escolas municipais de São Paulo. As mudanças, que entram em vigor já em 2018, foram anunciadas pela Secretaria de Educação de São Paulo com a ideia de incorporar a empatia na grade curricular no ensino público e proporcionar às crianças o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, além de todas as outras disciplinas escolares. .

Ao todo, serão nove as novas habilidades. "Empatia e colaboração", por exemplo, estimula a coletividade, o empenho para trabalhar em grupo e respeitar os princípios de convivência a fim de solucionar conflitos e colocar em prática a tolência e a cultura de paz.

Michele Borba, psicóloga educacional e autora do livro "Unselfie: Why Empathetic Kids Succeed in Our All-About-Me World" ("Para fora de si: por que crianças empáticas são mais bem sucedidas em um mundo que parece girar ao redor do umbigo de cada um", em tradução livre) acredita que o aumento do narcisismo e a perda de empatia são as principais razões para quase um terço das crianças nas escolas estarem deprimidas e com problemas de saúde mental.

Não por acaso, o assunto é pauta obrigatória em países desenvolvidos em Educação. Na Dinamarca, por exemplo, país referência neste âmbito, e também considerado um dos lugares onde as pessoas são mais felizes pelo "World Hapiness Report 2016" ("Relatório da felicidade no mundo 2016", em tradução livre), a empatia é tema central discutido com os alunos ao longo dos anos na escola.

Eu adorei a novidade. E você?