A gente escolhe como vão ser os filhos? O tipo físico, a cor dos olhos ou dos cabelos?
Não. Apenas temos noção de como eles serão devido à herança genética da família, principalmente dos pais.
Então, por que no sistema de adoção é possível escolher todas as características da criança que se busca?
Esse é um dos questionamentos dos autores do guia digital "Três vivas para adoção", que será lançado em Brasília hoje (25 de maio), Dia Nacional da Adoção. Para eles, o problema reside nos muitos mitos que ainda pairam sobre a questão.
Especialmente, quando as crianças fogem do perfil mais procurado no país: brancas, com menos de 3 anos, sem irmãos e "saudáveis".
Veja também:
Adoção de menina permitiu que a mãe amamentasse
Mãe adota meninas e escreve carta emocionante
Em 118 páginas, o e-book reúne depoimentos de quem decidiu fugir desse padrão majoritário - no intuito de orientar mulheres, homens e casais que desejam adotar.
Há depoimentos de famílias, de uma "mãe social" (que cuida das crianças em um abrigo), de um juiz e de uma jovem adotada que é portadora do vírus HIV desde o nascimento.
Para se preparar para os desafios da adoção, o guia também contém o passo a passo de como dar entrada no processo, e explicações sobre a "busca ativa" – quando ONGs e instituições do governo se juntam para viabilizar o encontro de famílias e crianças a partir de cadastros informais de todo o país. A notícia foi publicada pelo site G1.
"Três Vivas para a Adoção" é resultado da parceria do Movimento de Ação e Inovação Social (que compreende o Movimento Down e o Movimento Zika) com a Associação Nacional de Grupos de Apoio à Adoção (Angaad), a ONG Aconchego, a Fundação Ford, o Conselho Nacional de Justiça, a Associação Brasileira dos Magistrados da Infância e da Juventude e o Fórum Nacional de Justiça Protetiva.