A modelo e atriz dinamarquesa anunciou a gravidez do quinto filho através da sua conta do Instagram. Aos 54 anos, Brigitte aparece nas foto feliz e saudável com o seu barrigão. No ano passado, ainda no mundo das estrelas, Janet Jackson deu à luz a sua primeira filha aos 50 anos, e a atriz Rachel Weisz engravidou aos 48. 

Fora das telinhas, a indiana Daljinder Kaur chocou muita gente em 2016, quando teve o primeiro filho aos 70 anos. Por aqui, casos como o de Norma Maria de Oliveira, mãe de Ana Letícia aos 64 anos, marcaram 2018. Mas será que esses são casos tão isolados assim?

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Os números parecem indicar que não. Segundo dados do IBGE, em 2015, 4.408 mulheres foram mães entre os 45 e os 49 anos de idade no Brasil. Em 2016, foram 4.265. Entre as mulheres com mais de 50 anos, há registro de 390 partos bem sucedidos em 2015 e 343 em 2016. 

Do ponto de vista médico, tratamentos hormonais são capazes de preparar muitos úteros que já estão há anos na menopausa para receberem um bebê com tranquilidade. 

A questão mais delicada é o óvulo. A partir dos 35 anos, a qualidade dos óvulos vai diminuindo em um ritmo um pouco mais acelerado. Um óvulo de 40 anos tem bem menos chances de virar um embrião saudável do que um de 30. 

Para driblar o relógio, muitas mulheres têm investido no congelamento dos óvulos. A indicação é que o procedimento seja feito antes dos 35 anos, para aumentar as chances de sucesso no futuro. Mas esse não é o único caminho: Norma, citada no início do texto, não havia congelado óvulos e ainda assim conseguiu engravidar e dar à luz uma bebê saudável aos 64 anos.

A escolha de sucesso aqui foi por uma doadora de óvulo. O marido de Norma doou o espermatozoide e o embrião foi implantado no útero da mãe. Importante lembrar que, até o ano passado, o Conselho Federal de Medicina não autorizava inseminação artificial em mulheres com mais de 50 anos. 

Hoje, o procedimento é permitido desde que a mãe assuma os riscos da gravidez.