Um levantamento de 2012 colocou nos jornais a expressão "geração canguru" para explicar o aumento no número de brasileiros de 25 a 34 anos que ainda moravam com os pais. Na época, uma em cada quatro pessoas nessa faixa etária ainda não havia saído de casa.

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Essa tendência de não abandonar o ninho jogou para os 24 anos o fim da adolescência, segundo um artigo australiano publicado na Lancet Child & Adolescent Health. É importante destacar que a redefinição não tem nada a ver com infantilidade nas novas gerações: o xis da questão é a decisão de onde morar, mesmo.

O que acontece é que os jovens têm estudado cada vez mais - para além do curso superior -, o que, muitas vezes, impacta o início da independência financeira. O alto custo de vida nas grandes cidades e outros fatores mais subjetivos como a decisão de casar mais tarde também contam na equação.

E se você está se perguntando qual é a importância de redefinir uma fase da vida a partir de mudanças comportamentais de uma geração, a resposta mais geral está nas políticas públicas e nas leis. A faixa etária e o tipo de vida que as pessoas de determinada idade levam serve como base para a criação de serviços básicos e assistência governamental.