Hora de desligar o tablet e dar férias para a Galinha Pintadinha! Brincar de verdade é essencial para o desenvolvimento das crianças na primeira infância, é divertido e o melhor: os pais participam ativamente do jogo com os filhos, ajudam a resolver problemas, prestam atenção nas dificuldades e habilidades dos pequenos e se divertem junto - coisa que não acontece quando o todo mundo fica parado na frente da TV, né? Anota aí os brincadeiras que, além de tudo isso, ainda potencializam noções de ciências exatas como matemática e física desde os primeiros meses.

Blocos:

Simples assim? Sim! Brincar de empilhar blocos, construir casinhas, prédios, carros e o que mais a imaginação mandar faz muito bem no curto e no longo prazo. No curto a atividade ajuda as crianças a reconhecer as cores, as formas, a desenvolver motricidade fina e grossa, a entender o peso de cada peça e começar a arriscar o conceito de equilíbrio. No longo, estudos como este aqui indicam que, mesmo sem entender os números, muito menos fórmulas ou equações, crianças que brincam com blocos desenvolvem noções de lógica, espaço e solução de problemas que turbinam o seu desempenho em ciências, matemática e tecnologia quando crescem.

Bola:

Difícil imaginar que no país do futebol haja quem dispense um bate-bola, né? Mas acontece e, muitas vezes, a brincadeira é considerada coisa de criança, e não de bebê. Aí mora um engano. Brincar de bola com o pequeno mesmo quando tudo que ele consegue fazer é acompanhá-la com os olhos já tem muitos benefícios. É uma ótima maneira para o bebê aprender a coordenar o movimento de objetos em relação  a si mesmo. A noção de quanto tempo a bola demora para chegar até aqui ou bater naquela parede acolá é muito importante.

Além disso, quando a bola sai do campo de visão e reaparece logo depois, a lição é que quando alguma coisa some, não quer dizer que ela foi embora para sempre. Quando a criança já é maior, a bola vira elemento central do que especialistas chamam de "física para crianças de 4 anos". Se jogar a bola do topo de uma rampa ela acelera. Se a bola for mais pesada, acelera mais rápido. Se for menor, o que acontece? A experimentação e o empirismo vão dando respostas e preparando o terreno para a teoria sobre tudo isso, que será aprendida na escola anos depois.

Água:

Você mostra à criança dois potes de um litro: um com 10cm e outro com 20cm de altura. Em qual deles cabe mais água? Sem nenhum outro tipo de informação, a maioria das criança acreditará que cabe mais no pote mais alto. A não ser que elas experimentem e brinquem de passar a água de um recipiente para o outro. Assim, refrescando o verão, começam a desenvolver a noção de volume e aprimorar a sua noção espacial. Os potes com a mesma capacidade em diferentes formatos também ajudam a explicar que um problema pode ter mais de uma solução.