Mãe que narra jogos ao filho com deficiência visual concorreu ao prêmio da Fifa. Nickollas Grecco de 12 anos é superfã do Palmeiras e não perde nenhuma partida do time favorito graças à mãe, Silvia Grecco.

Ela acompanha o menino em todos os jogos do time do coração, narrando tudo o que acontece em campo para que o menino não perca nenhum lance. Essa história ganhou o mundo chamando a atenção da Federação Internacional de Futebol (Fifa), que selecionou os dois para concorrerem ao prêmio “The Best”, na categoria fãs.

Junto com Silvia e Nickollas, também concorreram a torcida holandesa na Copa do Mundo de Futebol Feminino, que é conhecida pela “maré laranja”, e com eles o uruguaio Justo Sanchez, que era torcedor do Cerro Porteño e depois da morte de filho, que era torcedor do Rampla, passou a apoiar o time rival em homenagem a ele. 

No Brasil, a mãe e o filho já são conhecidos da torcida palmeirense, em razão do compromisso com Nickollas. “Saímos do anonimato e ganhamos o mundo com a nossa história. O esporte, especialmente o futebol, pode transformar a vida das pessoas com deficiência”, disse Silvia no Instagram.

De acordo com Pais&Filhos  mãe fez o pedido para a torcida brasileira votar neles e apoiar a inclusão, que é a bandeira que eles levantam além da superação. E não é que deu certo, na segunda-feira (23), a votação foi encerrada durante a apresentação do Best Fifa Football Awards, em Milão, na Itália e o resultado não podia ser diferente. A vitória veio para dupla brasileira. 

Se a torcida foi em peso, a felicidade foi tamanha pela grande conquista. Momentos antes da premiação o ex-jogador de futebol Kaká presenteou eles com uma camisa do Milan, time que conquistou diversos títulos e colocou ele no topo do futebol mundial. Na carta enviada aos dois, o jogador se mostra agradecido e feliz pelo grande feito. 

Ao ganhar, Silvia disse: "Nós estamos aqui representando nosso time, o Palmeiras, todos os torcedores do Brasil, todos os torcedores do mundo, todos que torcem pela pessoa com deficiência. O futebol pode transformar a vida dessas pessoas. É muito amor, muita dedicação e pelo simples gesto de narrar o jogo para meu filho, tivemos a oportunidade de um jornalista brasileiro, Marco Aurélio Souza, nos ver com o coração e nossa história rodou o mundo. Agradeço à Fifa por pode falar para o mundo do futebol que a pessoa com deficiência existe e precisa ser amada e incluída". 

A torcida valeu a pena, ficamos muito felizes! 


Por: Gabriela Bertoline, filha de Maria José e Marcel

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