João Stanganelli de 64 anos tem ajudado a mudar a vida de muita gente depois que se tornou artesão. Ele diz que a ideia inicial era fazer bonecas para a neta, que queria algo que a fizesse lembrar dele. Daí veio a inspiração em fazer uma boneca assim como ele, com vitiligo e aí surgiram as Vitilindas.
João é portador da doença desde os 38 anos e conta que decidiu aprender a fazer crochê em 2018. Já na primeira fez elas com manchas na pele. Com o passar do tempo, bonecas cadeirantes e com deficiência visual foram sendo feitas também, assim ele trabalha com a representatividade e a inclusão entre as crianças.
O artesão conta que quem ensinou o crochê foi a esposa Marilena, e que não foi fácil aprender, pois a arte deixa vários calos nos dedos, mas assim que se pega o jeito fica difícil de parar.
Cada boneca produzida custa em torno de R$ 75,00 e para produzi-las João recebe fotos dos clientes. Ele também recebe o feedback após a venda. "Mandam fotos para que a gente aproxime o máximo possível. Ele (o cliente) fala: 'tenho vitiligo só na mão'. Vou lá e faço uma boneca só com vitiligo só na mão. É personalizado. Quem recebe leva um pedaço da alma do artesão", disse em entrevista ao programa da Fátima Bernardes
O vitiligo atinge aproximadamente 3 milhões de brasileiros. E é definida pela perda de coloração da pele. Apesar de existirem alguns tratamentos, o que mais afeta é o preconceitopara o avô.
João fala sobre a doença de forma positiva, vendo sempre o lado da superação. “Sou grato ao vitiligo. Ele é meu parceiro, é crônico, vou com ele até o fim. Eu nunca tive problema algum com isso".
Por: Gabriela Bertoline, filha de Maria José e Marcel
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