Que cor de pele?

Essa é a pergunta central do novo livro do ilustrador e escritor paulistano Alexandre Rampazzo, "A cor da Coraline" (editora Rocco). Narrado em primeira pessoa pela personagem Coraline, o livro acompanha um dia aparentemente comum, até que seu amigo Pedrinho pede emprestado um lápis "cor de pele", e uma série de questionamentos, dúvidas e inquietações tomam conta da menina.

"A cor da pele é só uma?", reflete a pequena. Para saber de que pele Pedrinho estava falando, era preciso saber de quem ele estava falando. Ela olha para ele, olha para si mesma e para a sua caixa de lápis, certamente um só não poderia pintar todo mundo. E logo começa a imaginar mundos de possibilidades, como um país onde todos fossem vermelhos de vergonha.

Ao colocar uma criança negra para questionar qual lápis é de fato "cor de pele", o autor propõe uma reflexão sobre identidade, representatividade, empatia e consciência sobre a pluralidade. Não é demais? Eu amei!