Mãe de primeira viagem aos 36 e vivendo a maternidade fora do Brasil, a publicitária Fernanda Iensen sentiu a necessidade de dar um toque nos amigos sobre como ajudar uma mãe recém-parida. Em uma sequência de stories publicados em sua conta pessoal no Instagram, Fernanda compartilhou dicas super importantes para acolher essa criatura que nasce junto com o bebê: a mãe. O bônus fica por conta da fofura da pequena Liz, hoje com 3 meses. Veja abaixo.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades

Anotou? Então já aproveita para registrar mais uma: não diga a uma mãe recém-parida o quanto você está cansado. "Ninguém está em estado de exaustão maior que uma mãe vivendo o puerpério. Eu sei que cada um tem o direito de se cansar com o que for. Eu mesma vivia cansada e exausta com o meu trabalho e era legítimo! Mas esse cansaço de mãe é outro nível", adverte Fernanda arrematando a série de dicas.

Já faz três anos e meio que ela e o marido, Lúcio, foram morar no Canadá. E foi lá que a ideia de ser mãe, que não era exatamente o plano da Fernanda, tomou forma e virou realidade. Hoje Lúcio faz mestrado em performance e composição em jazz e a Fê está vivendo plenamente a maternidade. ˜Aqui é tudo muito favorável para se ter filhos. Trabalhei desde que cheguei aqui em cafés, lojinha de nuts e por último em um mercadinho de coisas naturais, até que saí para a minha licença de um ano", conta. 

Fernanda considera esse tempo de afastamento, bem maior que o brasileiro, fundamental: "A licença maternidade não é só para dar conta do bebê. É também para dar conta de uma mãe e um pai que estão nascendo naquele momento. A maternidade te ensina que o tempo do bebê é diferente do tempo lá fora, do tempo econômico. E tu acaba respeitando que tu mulher, mãe, também não precisa entrar nessa roda viva. Cuidar, alimentar e criar um ser humaninho é uma das coisas mais difíceis que existem", avalia a nova mamãe.

E de todas as certezas que caem por terra quando um bebê nasce, talvez a primeira a desabar na vida dessa família brasileiro-canadense tenha sido a ideia de que a mãe aproveitaria a licença maternidade fazendo o que mais gosta na companhia da filha. Fernanda logo entendeu que não é bem assim que a banda toca: "Santa ilusão! A realidade se impõe como uma bomba atômica bem no meio da sala, sabe? 

No início a gente esperneia para retomar algumas coisas da nossa vida. Para se sentir gente de novo, para se sentir viva. Mas a verdade é que muitas vezes não dá. E aí que eu acho que tá a beleza da maternagem: it's not about you anymore. Aprender a acalmar o nosso ego, entender o momento que a gente tá vivendo agora. A gente vai aprendendo a recriar uma nova vida e não tentar voltar com a vida de antes, porque essa nunca mais vai existir".

Nesses três meses de noites mal dormidas, de descobrir o quanto amamentar cansa, de não saber muito bem o que fazer o tempo todo e, claro, de muito amor, Fernanda conta que o conselho que tem levado mais perto de si foi o recebido da cunhada, que ela compartilha com a gente: "O bebê vai estar bem se tu estiver bem. Por quê? Porque tudo passa por ti. O estado físico e emocional da mãe é muito sensível ao bebê. É um momento especial para ambos e não tem como focar/olhar o bebê sem olhar pra essa mãe e/ou pai".

A preparação para receber a pequena Liz foi cheia de leituras - e a Fernanda fez uma listinha dos livros preferidos dela para o Primi Stili:

Guide to Child Birth - Ina May Gaskin
"Um livro sobre empoderamento feminino e parto."

Guide to Breastfeeding - Jack Newman
"É um pediatra canadense maravilhoso, expert em amamentação. Me deu a certeza de que conseguiria amamentar."

The Womanly Art of Breastfeeding - Diane Wiessinger, Diana West, Teresa Pitman
"Informações mais técnicas sobre amamentação. Um livro de cabeceira para tirar dúvidas."

Birthing From Within - Pam England, Rob Horowitz
"Mais filosófico, sobre parir e autoconhecimento."

Do We Need Midwives - Michel Odent
"Obstetra que começou o movimento do parto humanizado."