Quando Nilson Ayala descobriu que seria pai de dois meninos, ficou reticente. A esposa, em visita a um abrigo, conheceu os irmãos Iuri e Wesley e entendeu imediatamente que a dupla era parte da família. Em vez de uma criança, duas. Não era o que Nilson esperava, mas, ao conhecer os pequenos, não teve como negar: nascia ali um pai.

Ele conta, em entrevista ao canal Globo News, que no dia em que foi buscar os filhos, foi abordado por um adolescente de 15 anos, que decepcionou-se ao saber que, mais uma vez, não seria ele a ir para a casa de uma família. Surgiu, então, a ideia do aplicativo.

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Para tentar driblar a constante preferência por crianças pequenas e filhas únicas (que surge ao assinalar opções como “menores de dois anos” em um formulário), o analista de sistemas imaginou conectar os futuros pais às crianças e adolescentes que esperam por uma família já que, para ele, o encontro com os meninos foi fundamental no processo de adoção.

Nilson uniu-se ao Ministério Público, ao Poder Judiciário e à Pontifícia Universidade Católica - todos do Rio Grande do Sul. Juntos, criaram o aplicativo Adoção - deixe o amor te surpreender. Nele, as pessoas que fazem parte do Cadastro Nacional de Adoção podem conhecer um pouquinho mais sobre as cerca de 600 crianças e adolescentes que aguardam o encontro com seus pais em abrigos gaúchos.

A aproximação virtual é a aposta do time: fotos, vídeos e cartinhas disponíveis no app colocam crianças e adolescentes um pouquinho mais perto de suas futuras famílias. Faça o download do aplicativo aqui.